24 de jan. de 2025
A residência artística do Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) agora está entre os 37 programas e espaços de residência artística catalogados pelo guia de residências da Pro-Helvetia, uma importante organização Suíça para a cultura.
O guia completo em pdf reúne informações práticas e descrições de 37 programas e espaços de residência artística na América Latina, e possui três versões, nos idiomas português, espanhol e inglês. Há ainda uma versão mais simples para navegar pelo Google Maps (em inglês).
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O programa de residência da Pro Helvetia na América do Sul opera em colaboração com uma rede de parceiros que atuam em vários campos e formatos. Segundo a Pro-Helvetia, este guia, agora em sua 3ª edição, é um esforço para fortalecer esses vínculos e trazê-los à luz, ao mesmo tempo em que reflete a riqueza artística das regiões.
Ainda segundo a Pro-Helvetia, a ideia é seguir fortalecendo a rede de parceiros e atualizar regularmente as informações, incluindo cada vez mais residências no guia. Além disso, o objetivo é estimular conexões no continente América do Sul.
Segundo Ana Clara Simões Lopes, coordenadora de pesquisa do Instituto Bienal das Amazônias e curadora da residência cultural do CCBA, a inclusão da Residência do CCBA no Guia da Pro-Helvetia é um movimento importante de reconhecimento da pertinência e potência do programa que o Centro Cultural Bienal das Amazônias propõe. "É uma iniciativa que pode contribuir enormemente para a internacionalização ainda maior desse programa, algo que a gente almeja desde a sua concepção. Além disso, quando falamos em América Latina, considero importante pensarmos que estamos falando de uma região que vive certa escassez histórica frente ao financiamento de iniciativas e projetos artísticos", avalia.
"Olhamos para o guia e vemos que somos uma das cinco residências localizadas no Norte e Nordeste do Brasil. E no Norte há apenas uma residência além da gente. Então, eu acho que é importante também para reiterar a potência do pensamento artístico e da programação artística que se produz em território amazônico, sobretudo brasileiro".
Em uma região marcada por escasso financiamento para as artes, as residências artísticas desempenham um papel essencial na abertura de espaço para que artistas possam desempenhar pesquisas, investigações e criação artística. Ao se conectarem a centros urbanos e áreas rurais, as residências encontram suas raízes em contextos locais, ao mesmo tempo em que fornecem oportunidades que descentralizam e ecoam o pulso da arte contemporânea na América do Sul.
Algumas residências são instituições consolidadas, como fundações, galerias e centros culturais (exemplo do CCBA). Outras são plataformas mais flexíveis e temporárias que surgem de festivais ou por meio de parcerias com profissionais de diferentes setores. Esses formatos adaptáveis, enraizados em seus territórios, são essenciais para criar ações sustentáveis e cultivar trocas de conhecimentos e práticas.
Desde sua primeira edição em 2023, este guia tem sido uma ferramenta para construir relacionamentos de longo prazo. A Pro Helvetia busca, portanto, apoiar os artistas na compreensão e no fortalecimento deste ecossistema.
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