27 de jan. de 2025
A Itinerância Bubuia, da Bienal das Amazônias, realizada em São Luís, no Maranhão, segue promovendo momentos de interação e troca de experiências com artistas locais neste final de semana. O Workshop “Afropoéticas: oficina de colagem”, com o artista Tiago Matias, que encerra a agenda de janeiro, será realizado nesta sexta-feira (31), no Espaço Chão SLZ, a partir das 15h. A Itinerância Bubuia tem Patrocínio Master de Nubank e Shell Brasil, além da parceria do Centro Cultural Vale Maranhão e do Espaço Chão SLZ.
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As obras das artistas maranhenses Silvana Mendes e Fabiola Ferreira foram o ponto de partida para Tiago Matias desenvolver as atividades de colagem analógica, onde ele busca interagir com assuntos que possam servir de inspiração, como a música, o grafitti, hip-hop e a cultura negra.
“Estou bastante animado, ansioso para ver a reação das pessoas com os resultados dos processos da oficina, saber como cada um foi atravessado pela troca de experiências e como foi afetado. Teremos momentos de criação, fruição e inspiração criando confluências de cosmovisões de mundo”, ressalta Tiago Matias.
A obra "Cruzeiro do Sul", do artista Joelington Rios, também é destaque na Itinerância Bubuia. Neste sábado (1°), o workshop “Leitura, escuta e risco: o afeto em Cruzeiro do Sul”, promovido pela artista e arte-educadora Tons de Maria, convida o público a investigar a obra de Joelington Rios e explorar por meio de diálogos os entendimentos da obra.
Tons de Maria explica que a oficina tem o objetivo de explorar a relação entre memória, ancestralidade e pertencimento através da leitura, escuta e compartilhamento para promover reflexão e a expressão criativa dos participantes. “Eu espero que as pessoas que decidam ir estejam dispostas a se deixar afetar e, também, a compartilhar o que for possível. O foco da oficina é a construção coletiva de conhecimento e experiência. Mas, claro, que o respeito aos limites de compartilhamento estarão lá. Quero que a gente tenha o olhar de validação, curiosidade e cuidado para cada corpo que adentrar o espaço”, ressalta.
Estão expostas no Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM) obras de 12 artistas. Já no Espaço Chão Slz estão sendo expostos os trabalhos de seis artistas. O encerramento da itinerância será no dia 22 de fevereiro. A visitação às obras é ativa. Ou seja, tem como objetivo chamar o público para que cada vez mais pessoas possam ver a Bienal e participar dos programas educativos, explica a curadora Vânia leal. “Temos um programa educativo no espaço expositivo muito forte e pontual que envolve escolas, públicos diversos, público da cultura, das faculdades e universidades”, diz. “Também teremos sete obras públicas, com artistas locais na rua e em espaços abertos da cidade, com orientação da curadoria da Bienal”, destaca a curadora.
As itinerâncias da Bienal das Amazônias já percorreram Marabá e Canaã dos Carajás. A itinerância tem patrocínio master do Nubank e Shell, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O Instituto Cultural Vale foi patrocinador máster da primeira edição, e apoiador da iniciativa.
O que é a Bienal das Amazônias
A Bienal das Amazônias é instituição de arte, nascida no Sul Global, que tem como premissa o deslocamento do debate sobre as artes e seus potenciais enquanto ferramenta geradora de transformação econômica e social, dos eixos dominantes do mercado das artes, devolvendo o protagonismo à Amazônia desde as Amazônias. Para tanto, desenvolve programas que possibilitem a amplificação dos temas relevantes para as comunidades que constituem este amplo território, sempre norteados pela equidade de gênero, justiça social, democratização de acesso aos bens culturais, comprometidos com o desenvolvimento economicamente sustentável da região.
Realizada em agosto de 2023, em Belém, a 1ª Bienal das Amazônias reuniu 120 artistas/coletivos dos países da Pan-Amazônia (Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Suriname, Guiana, Guiana Francesa e Brasil). O tema que inspirou a curadoria resgata um termo usado pelos caboclos e provoca um despertar sobre os saberes amazônicos, com respeito ao fluxo dos rios e da vida na floresta. Na Amazônia localizada no território paraense, bubuia pode significar o ficar imerso nas águas do rio que corre, sem afundar, observando o que está acontecendo ao seu redor.
SERVIÇO
Workshop 'Afropoéticas: oficina de colagem', com o artista Tiago Matias
Classificação: 14 anos
Participação Gratuita mediante inscrição
Data: 31 de janeiro de 2025
Hora: 15h
Workshop 'Leitura, escuta e risco: o afeto em Cruzeiro do Sul', com a artista Tons de Maria
Classificação: 16 anos
Participação Gratuita mediante inscrição
Dia: 1° de fevereiro de 2025
Hora: 16h
Visite as exposições em São Luis (MA)
📍Centro Cultural Vale Maranhão Av. Henrique Leal, 149. Centro.
Horários: Terça a Sábado. 10h às 19h.
📍Espaço Chão Rua do Giz, 167. Centro.
Horários: Segunda a Sábado. de 10h às 20h.
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