28 de out. de 2024
O Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) foi palco do 7° Encontro do Programa de Formação Permanente promovido pela Secretaria de Educação de Belém (Semec), na última sexta-feira (25). Com o tema “Ensino da Arte, Territorialidades e Natureza”, o evento reuniu cerca de 100 professores de artes da rede pública municipal. Os professores participaram de uma incursão pelas exposições do CCBA e tiveram a oportunidade de conversar com curadores do espaço. O Centro Cultural Bienal das Amazônias tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, Shell e Nubank, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.
A produtora pedagógica do Centro Cultural Bienal das Amazônias, Raquel Freitas conta que a atividade foi desenvolvida pensando na formação dos professores, visando articular arte e educação para as salas de aula. “A gente recebe diariamente muitos alunos e pensamos,então, em formar esses professores, para que eles possam articular com as exposições e futuramente a gente possa receber suas turmas”, explica.
O Núcleo de Arte, Cultura e Educação (NACE), da Semec, foi criado em 2021, com o compromisso formativo. No ano seguinte, a iniciativa propôs o Curso de Formação Permanente para Educadores em Arte, chamado “Decolonização do Ensino das Artes”, resultando em uma publicação homônima. Este ano, o tema geral é “Ensino de Arte, Territorialidades e Natureza”, que será trabalhado em nove encontros.
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A coordenadora do Núcleo de Arte e Cultura da Semec, Marta Ferreira, explica que o Núcleo trabalha mensalmente com encontros onde os professores podem pesquisar e estudar arte. Antes de visitar as quatro exposições disponíveis no CCBA, os professores estudaram sobre roteiros e posteriormente tiveram a oportunidade de conversar com os artistas e curadores do Centro.
“É um dia especial, estamos muito felizes com essa parceria com a Bienal das Amazônias. A gente considera aqui um espaço importante para a cidade de Belém e o nosso intuito maior é estimular os professores para que tragam os estudantes”, afirma Marta Ferreira.
O evento realizado no CCBA teve como objetivo envolver os professores para analisar as possibilidades de produção de conhecimento em artes vivenciadas a partir do exercício da fruição artística e estética. Na oportunidade, os profissionais identificaram os objetivos de aprendizagem dos estudantes nos diferentes ciclos, com relação ao exercício da fruição artística e estética.
“Estudar arte num espaço como esse, que pensa e projeta as linguagens estéticas das Amazônias numa perspectiva de reconhecimento, fortalecimento e da potência que são as artes feitas nas Amazônias, é como dar uma vitamina para esses professores. É semear uma esperança que tudo que o corpo dessas pessoas vai vivenciar nesse lugar, vai chegar nas escolas”, pontua Rosangela Colares, artista docente da Semec.
A professora de artes visuais Clauce Santos, professora da rede municipal há 15 anos, participou do evento e elogiou a iniciativa. “Considero muito importante essa visita ao Centro Cultural Bienal das Amazônias para que nós, professores, tenhamos esse contato com as exposições, porque é uma exposição que traz a arte urbana, a arte das periferias, para dentro de um Centro Cultural. Então não só alunos, mas professores também precisam desses momentos de fruição artística, desse contato com as exposições”, ressalta.
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